Circular Nº 151

Homossexualidade e Ideologia de Gênero à luz da palavra de Deus

À irmandade

Publicada em 09 de abril de 2023

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Cara Irmandade, a Paz de Deus.

No princípio Deus fez o homem e a mulher, macho e fêmea os fez (Gên. 1,27), determinando que se multiplicassem, formando assim as famílias na terra (Ef. 3,14 e 1Tim. 5,8). Nesse berço doméstico, os vínculos de amor são estreitados pelo bom convívio, estabelecendo-se uma sociedade constituída por pessoas unidas por relações de afeto e de sangue. Essa organização social, com a presença das figuras maternas e paternas é essencial para a formação do caráter, do desenvolvimento social, emocional, psicológico, moral e espiritual da criança.


Ademais disso, somos filhos de Deus, e como tais, devemos pautar nossos comportamentos nas recomendações emanadas da Bíblia. Esse modelo de comunidade patriarcal estabelecido por Deus, ainda que destoante dos modernos discursos dos grupos sócio-políticos contrários aos valores judaico-cristãos, é a melhor organização para o ser humano. Resultante das uniões conjugais é que foram gerados os povos, nações, tribos e línguas, dando forma à ordem proferida (Gên. 1,28) pelo Altíssimo de crescer e multiplicar, tendo em vista que pessoas do mesmo sexo não podem gerar filhos.


A anatomia humana revela de forma evidente que o corpo físico do homem se completa no corpo físico da mulher, sendo a união deles a forma estabelecida por Deus para procriação de todo o gênero humano. Em verdade, mesmo no nível celular, homens possuem informações genéticas em seus cromossomos diferente das mulheres. Inexiste, em absoluto, informação genética de homo afetividade. Em outras palavras, não é possível determinar o comportamento homossexual de alguém a partir da análise de seu genoma, por inexistir um gene homo afetivo. Ainda que nos dias atuais as inclinações homo afetivas estejam fortemente evidenciadas e enaltecidas pela mídia mundial, contudo, para o cristão, isso não deve ser visto como experiência saudável por conflitar com a vontade de Deus.

 
É necessário que todos os nossos atos estejam amparados pelo evangelho da Graça, de tal maneira que eles não se confrontem com os propósitos do Criador, a fim de não cairmos em transgressão e pecado. Segundo as escrituras sagradas, as conjunções carnais somente são abençoadas pelo Altíssimo quando sucedem entre casais unidos pelo matrimônio. Todas as relações extraconjugais são condenadas pelo Senhor, porquanto adulteram o casamento (Heb. 13,4). Da mesma sorte, há um pronunciamento claro e inequívoco da palavra de Deus recriminando às uniões sensuais entre pessoas do mesmo sexo, posto que essas deturpam o propósito da criação (Gên. 19,5; Lev. 18,22 e Deut. 23,17).


A sabedoria do eterno não aprova em absoluto esses contatos homo afetivos e temos essa instrução santa nas palavras do apóstolo Paulo, quando lemos a Epístola aos Rom. 1,24 a 28 "Pelo que também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões (homens), deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão (homens com homens), cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm" (1Cor. 6,9 e 1Tim 1,10). Estimados irmãos, todos os salvos devem morrer para o mundo e viver para Cristo, conforme instruídos na Palavra em Col. 3,5.


A ordem é mortificar, subjugar os nossos membros para que eles não nos arrastem ao pecado, nos levando a violação das leis de Deus. Por essas explanações, todos os cristãos, homens e mulheres heterossexuais, precisam governar os seus corpos e refrearem os seus instintos lascivos, mantendo um comportamento santo a fim de fugirem do pecado da fornicação, do adultério e da luxúria. Semelhantemente, todos os irmãos e irmãs que sentem inclinação por pessoas do mesmo sexo devem, igualmente, reprimir esses desejos por amor ao reino de Deus. A visão contemporânea, amparada por certos conceitos sociais e psicológicos, entendem a homossexualidade como apenas um detalhe de preferência pessoal e não como uma desordem espiritual.


Bem sabemos que a sociedade modifica os seus valores e princípios ao sabor de filosofias e culturas, mas, na doutrina de Cristo não. Ela é palavra imutável do Altíssimo e não se adaptará em tempo algum as preferências humanas. Firmamos isso para a nossa segurança de fé. Apesar disso, ressaltamos que a condenação divina não recai sobre os homens pelo fato isolado de sentirem atração física por outras pessoas do mesmo sexo e sim por consumarem essa inclinação. Para todas as tentações orientadas contra os cristãos o Senhor prometeu estabelecer um limite, de tal maneira que seja respeitada a capacidade de resistência do fiel em relação a força da citada provocação contra ele. Isso se pode confirmar pela leitura da primeira epístola do apóstolo Paulo, em 1Cor. 10,13 e encontramos um encorajamento na epístola do apóstolo Paulo em Fil. 4,13 "Posso todas as coisas naquele (em Cristo) que me fortalece". Portanto, pela fé o cristão poderá vencer todas essas dificuldades, evitando assim uma infração à Lei divina; porquanto a prática homo afetiva é condenada por Deus, sendo tratada como impureza sexual. Podemos constatar isso pelas seguintes passagens: 1Cor. 6,9 "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus" e 1Tim. 1,9 "Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas, e matricidas, para os homicidas, Para os fornicários, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina, Conforme o evangelho da glória de Deus bem-aventurado, que me foi confiado".


Mesmo a despeito dessas considerações de cuidado necessárias, deixamos claro que o Ministério da Igreja instrui a irmandade à santidade sem, jamais, praticar nem incentivar a homofobia e, muito menos, desprezar a quem quer que seja pela sua orientação sexual. Até mesmo porque, não está escrito que essa natureza de culpa seja maior do que a de outras listadas na Bíblia. Os cristãos autênticos amam a todas as pessoas, indistintamente, e a todas elas deseja o bem, conforme recomendado em Mat. 5,44.


A Igreja deve ser um abrigo para todas as pessoas independente de etnias, cultura, situação social, política ou econômica, orientação sexual, recebendo-as e orientando-as com amor fraterno e paciente. A doutrina cristã nos foi entregue para vivenciarmos as bênçãos celestes levando uma vida casta e santa, sem nos desviarmos dos propósitos originais do Criador. O que era imoral pelos padrões de Deus nos tempos apostólicos não se tornou moral hoje, apenas porque a sociedade moderna aceita e quer nos impor esses valores.


Com esses conselhos desejamos alertar a irmandade contra os clamores vãos e profanos do mundo moderno, que sacudiu de seus ombros o jugo de Cristo e não aceita a proposta de vida dentro dos marcos da santidade e respeito à palavra do Criador, que é bendito e reina para sempre.


Vossos irmãos em Cristo,


Conselho dos Anciães Mais Antigos do Brasil e do Exterior